segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Monólogo II

Estou pronta para caminhar ?

Como prova, me levantei
E aqui estou andando
Sozinha sem andaimes
E sobre a forte vigília
De olhares descuidados
De olhares fingidos

Estou pronta para falar ?

Descobri que sim
Mesmo quando não tinha dentes suficientes
Contra prova isso nunca influenciou em nada.
Enfim não tinha segurança para mostrar ao mundo a adulta que virei
Mas algo não identificado me mostrou piedade
E os primeiros sons saiam naturalmente da minha boca
Hoje alem de falar canto
Para tentar celebrar minha alma
Para tentar imitar os pássaros
Um exemplo magnânimo e minha maior influencia
Eles padecem de uma atmosfera não segura
Uma atmosfera que os engoliram a qualquer minuto
Uma atmosfera que pode sumir.
Mas eles não se prendem
E entoam sons sem cessar, sem calar .

Estou pronta para escrever?

Na verdade acho que sempre foi a única arte
Que fazia com que me sentisse bem .
Escrever, escrever, escrever.
Me mantive ate hoje correspondo as suas expectativas ,escrita!
Nelas eu me escondo
E me encontro em um universo inacabável
Um universo que mesmo que sonhado era inalcançável
Eu me mostro escrevendo e vejo uma linda menina idealizada
Pelos próprios livros como a única protagonista de um conto fechado
Sirvo – me de banquete para varias inspirações
Me entorpeço com o ar imaginário que sai das linhas
Não me canso, não hesito, não te escondo.
A escrita foi feita para derrubar barreiras
E para mim derruba a minha timidez
De poder não enlouquecer de tanta languidez.

Hoje as caminhadas me excitam
As falas me protagonizam para poder escrever e seguir na vida, o medo me inspira
Mas se tudo isso sumir.
Tudo adquirido se tornara em mingua .

Myrla Sales ‘
09/01/2012
16:00

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