sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Amar mar








Que venham todos os sentidos
Que todos estes me levem para algum lugar
Que eles nasçam em mim
Que eles me eternizem como o mar .
Que entre as batidas do ar
As ondas me levem para algum lugar
Prazer maré,  Leve-me para qualquer bar
Aonde eu possa entre os copos padecer de tanto suspirar por te olhar
Quero ser sua mais do que tudo, amigo mar .

Myrla sales
pedra do sal
17/08/2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Menina de là, vem cá








Menina do jeito caliente
Olhar sedutor
Me deixa em suas curvas me embalar
Me acalma com o molejo da sua saia
Com o vento que me inebria so de pensar
Menina da pele negra
Da blusa vermelha
Do corpo ardente
Te digo uma coisa
Que respiro sem pesares
E nao nego o pensamento
De querer te dar amor
Ate nossos corpos estalar
Me pega na tua bossa
Dancemos juntinhos
Nao me deixe perdido nessa fossa
Quero o teu gingado me sucumbido
Na sua malemolência
Fazemos a maré subir
Entre gemidos
Calidos suspiros
O meu barco a de te seguir
Para que chegue mais rapido na sua praia
Para que me encontre em seu olhar
No pagode , no xote
Te quero ...
Quero te ter em meus braços
Para o provocante toque dos teus labios
Novamente sem ritmo me fizer dançar
Oh menininha...
Que nem é menina e sim a grande mulher
Que habita em meus pensamentos de lá
Onde nenhum outro amor podera morar.
Por isso menina venha cá.

Myrla Sales

Te levar...







Eu podia te levar
Pra um lugar que chegasse a ve-la
Onde tudo e o encontro
Do desejo de ter

Eu podia dar a ti
O poder de me sentir
Como suor do meu corpo
Que tendes a te permitir

Eu podia tentar te levar
Para qualquer outro lugar
Aonde eu podesse estar
Aonde voce podesse me tocar
Aonde tudo que eu buscar
Sao os codigos a te decifrar

Eu podia te levar
Mas ja nao estou aqui
Nao estou mais em mim
Pertenco a te ver
De longe para ao menos
No seu corpo a brisa do meu beijo
Possa em teus labios te possuir

Eu te levo
E eu posso
Apenas de longe gostar de ti .

Myrla sales

(Derivado de um poema do socio gleibson)






Tenho medo de certas coisas que penso
Mas nao consigo ter medo da natureza pela qual me criei ,muito menos da escuridao que me envolve . Sou a humana dentro de uma fantasia que me derrota entre sonhos todos os dias e isso nao me causa medo,apenas do que costumo causar quando penso de mais.

Myrla Sales

INDAGAÇÕES...









Para que filhos?
Nos mortificar entre falsos perdões!
Para que sacrifício?
Se não se quer se unir entre suadas mãos
Para que indagações?
Se não se tem o misticismo da verdade
Nem se quer em contramãos
Para que a vaidade?
Se não me olhas com cobiça
E nem tenta ajudar meus irmãos
Eu quero me prender em teu ego
Quero que me olhes com suspense
Me enfeitiçar no teu masoquismo
Ser tua revolta
Em gritos e gemidos
Não se esqueça da minha missão
Nu, cru insuspeito
Desfeito de qualquer crime
Para poder ser primário
Do seu imaginário
Entre a velocidade que te quero
Entre o desespero de não te ter
E só ver o distante sonho marcado por tua descendência
O sopro de fome do teu corpo, sem resposta de moralidade
Só assim, cor carmim, de ilegalidade
Me invade logo e para com essa fugaz voracidade
Me morde, me infesta
Me manifesta
Quando percebo estou na sua revolução
De ajuda
De permuta
De mudança
Para seu quarto
Até me integrar com seu corpo
E me aliar entre o devasto mundo que te ronda
Que te sonda, até causar dor
A misericórdia que te necessita
Me farei como o herói do seu jogo
Em quadrinhos até sem suspeita te salvar
E te deitar em meu corpo
Apenas para te admirar
E ver que você nasceu para em meu corpo
Supor, causar
Que seja revolta entre travesseiros
Que nos aliamos entre lençóis
E façamos filhos para nos despertar desse límpido
Delírio de lençóis.
Como um tranquilo pescar com anzóis
Na beira de um rio caudaloso
Aquele ar majestoso
E uma ansiedade infantil
A clamar por novas fisgadas
Que mesmo exercitadas, excitadas
Sejam leves, humanas e lentas
Para que o mais simplório
E mesmo o mais sublime
Momento seja aproveitado
Bocado por bocado
Peixe grande e suas maravilhosas histórias
Das mais tenras às recentes glórias
De criador, multiplicador de seres
No dia ou noite aconteceres
De uma continuidade advir
Não agora, mas num por vir
Por Alderon Marques, André Café e Myrla Sales
Dia 12/05/2012

...ACORDES










E o som ecoava...
E o tom ecoava ...
Não me permito a isso
Não preciso de grito
Não necessito de ritmo
De ninguém a não ser o meu precipício
Estou mergulhado em meu sacrifício
Sem voz, sem tom, não penses em jamais
Me invocar
Teu cheiro, tua sombra
Intensa lombra
Já me entorpece até minar
Já é hora de acordar
Deste torpor inebriante
Deste sonho irrelevante
Não sei aonde me levará
Um grito, um acorde musical
Sol do bem, ré do mal
Como um fantasma atravessar
A cortina descortina uma peça
Então eu peco, te peço, tropeço
Em nova imagem onírica
Eu durmo
Eu acordo
Nenhum acordo foi feito
Acordes do coração
Acordes desta ilusão
Ainda é dia, ainda é noite
O sonho não acabou
Acordes por favor...
Sem fontes
E codinomes
A não ser o despertar
Toque que me atravessa
Me chama a atenção
Me prende
E percebo que já é hora de acordar
Sem eco
Nesse seu grito eloquente
Sem nexo estou em pé
Para mais uma música escutar
Posso cantar e minha alma gritar
E percebo que já é hora de sonhar
Sem eco
Sem pedra para transformar
A eterna procura realizada
Da ninfa que canta e encanta
Mas na floresta se perde
Na busca da atenção daquele
Que se enamora edazmente
Nem mais bela canção de repente
Improvisada, consegue laço formar
Somente o tormento de um pesadelo
Aos deuses mais profundo apelo
Mas nunca atendida plenamente
Naquela falta que a fantasia tenta preencher
Nenhum humano pode conceber
Mas você a cada dia podendo viver
Pois sonhar e cantar já ecoava
... E ecoava
E me atormentava
Precisar e repetir
Cantar e emitir
Cantar o que tem por vir
Cantar e transmitir
O mais belo amor
Até onde a minha vida seguir
Assim preencho meus dias sem monotonia
Vivendo apenas para ecoar e outros amores despertar.
Alderon Marques e Myrla Sales
Dia 12/05/2012

A-Travessia II









Estou pensando
Destroçando estou, de tanto pensar
Carregando um mar de incertezas
Atravessando com dúvidas só em olhar
A imensidão da distância
O encontro de ideologias
No horizonte onde tudo se esconde.

Estou eu traduzido em verbos
Degustando versos, linhas tortas 
Incontidas no que sinto, no que passo
Preso nos passos percorridos por Moisés
Admirando-o a erguer e baixar tão guerreiramente seu cajado
Entre um mar ousado
Não desenvolvo paz
Somente a minha escuridão.

Sem mais palavras 
Deixa estar
Deixa abrir ranhuras, fissuras, buracos no chão
Deixa engolir sonhos
Envolto no vermelho medonho
Deixando escorrer prá longe
Para quem sabe destruir
O enlacre que me prende.

Minha crise, choro, oro
Prá que não me tome, não me devore
Sem esse mar de lágrimas como testamento
Nem este sangue de uma vida perdida
Desta face langue, nasce um novo ser de alma lavada, depois de 
Uma a-travessia pesada
Percalços evolutivos encontrarei
E com a crise, percebo que sumirei
Preciso do ousado que me pertencia
E me permitia, em locais seguros chegar
A se olhar neste verso em um brilhante luar.

POR ALDERON MARQUES, MYRLA SALES E TODY MACEDO
DIA 12/05/2012