quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Minha 2º caminhada ( Entre meus sonhos )

 
Caminho, caminho e continuo presa entre vários suspiros
O maior dessa vez,
O mais súbito e relevante, ao principio de uma psicose abstrata,
Este foi o sonho que tive na noite passada.
Depois de eu caminhar e verificar que eu não saira do lugar
Fui para a minha casa a ultima da estrada as mesma da minha incondicional caminhada
Depois dos surtos passados, a imagem daquela senhora velha não saira da minha mente
E muito menos a forma como tudo acontecera .
Depois de segundos, minutos, um turbilhão de horas
O meu corpo deitara no primeiro sofá da sala e me encontrei perdida, presa em um sonho.
Vieram primeiro, os rostos que eu encontrara no caminho de hoje, as musicas que escutara
As comidas que provara e o chão que pisara.
Na sequencia algo começara a me envolver como as imagens psicodélicas fizera em um outro tempo
Eu caira entre os lapsos das historias que foram sussurradas nos meus ouvidos.
Entre colapsos me encontrava, me perdia e me perguntava, de onde advinham essas vozes.
Não eram simples contos envolventes como os de outrora
O que mais me chocava eram os suplícios que estavam escondidos entre as palavras que escutara
Loucura, loucura, mais loucura era que só eu conseguia ver
Eu era a única a respirar cada sentença passada entre esses sons.
Porque tudo isso comigo?
Já não bastara aquela velha sendo carregada sem se quer eu puder chegar perto dela,
Sem se quer tocar nela, sem se quer falar com ela?
E eu ia seguindo mergulhada no meu seleto ciclo de indagações
Sem respostas e por agora sem suspiros .
No sonho comecei a gerar caminhos
Catando as imagens para que na volta eu não me perca
Eu vira uma assembleia a minha espera
Para me julgar.
Julgamento é o que eu mais fazia na minha vida,
Só que julgava para defender quem eu gosto
E nesse caso foi diferente eles criticavam para a minha derrocada, para a minha morte
Era o que mais temia da minha vida, eu sentada todos apontando o dedo em direção a minha face
Conclamando que eu sou a culpada, eu sou a estranha e não sou a humana que o mundo espera.
Eles querem que eu me mate.
O sonho seguia nele a assembleia continuava intacta e irrevesivel
O orvalho que se encontrava íngreme ao lado da minha casa, balançara
Com a tempestade que anunciava chegar, um ótimo cenário para um pesadelo,
Que na verdade era, denomino de outro sonho para o meu consciente ficar menos culpado,
As gotas começara a cair mostrando um rosto esquisito na janela,
Mas que rosto era esse ?
Por que continuo sonhando com pessoas que não conheço?
Por que tantas inquietudes trancafiadas em meus devaneios ?
Devagar eu ia acordando a assembleia ia se desfazendo,
O rosto esquisito da janela se diluira com o barulho do vento que pela primeira vez não me assustura,
Foi ate uma benção para o meu gélido corpo que ansiava nunca mais dormir para não poder sonhar com isso novamente,
O corpo queria parar de vez ,a mente não, ela quer mais,
Ela quer descobrir se possível ate o tudo do meu nada
Quero poder provar para aqueles que se concentrava na assembleia que o que eu julgara não fora por mal,
Era para um bem maior
E o que eles estavam fazendo, tramando meu sarcófago me dava bastante medo.
Medo de saber que ainda falta muito ate concluir quem eu seja,
Medo de não saber o por que da velha tinha sido levada.
O por que dessa mesma casa nessa mesma rua
O por que de tantas pegadas presas no mesmo lugar
O por que de tantos sonhos sem se quer ter uma misericórdia para meu dilacerado corpo.
Uma coisa eu sei, sou masoquista de uma dor desconhecida ,
Possa ser que na verdade ela nem exista
Mas a minha essência embora os últimos episódios
Me mostra que sou feita de sonhos e isso já é um começo distante do que procuro desvendar.
Mas criei uma ideia de que a resposta que eu procuro, possa existir de verdade .

Myrla Sales
02/02/2012

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