quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Minha 1º Caminhada ( A estrada )


Nessa estrada em que me encontro
Venho me lembrando um pouco do passado
Fazendo um grande flash back
Mergulhado no meu antigo imaginário.
Nas primeiras passadas vejo que as imagens continuam tremulas
Por estarem sendo planejadas em um tempo futuro.
As  gotas de agua em que fervilhava uma pequena lagoa
Por este caminho esgotara
Fugira como as tristes sensações em que nesse agora me encontro.
As casas continuam com suas cores rudes, arranhadas
Transparecendo um sanatório de pessoas enfeitadas.
O que continua me espantando
Além dos meus passos curtos,
Pequenos como se não estivessem  saído do mesmo lugar,
São  os  coturnos  dos rostos felizes ao encontrarem a margem do erro
Ao se depararem com o mesmo de sempre se tornar mais normal que a morte.
Continuando com as passadas respirando a cada palpitação distante
Mais longe do que o pensamento de uma moça que abraçara uns quadros na porta da sua casa nessa mesma rua
Com o pensamento brilhante como a estrela que teimava em aparecer alva de grande no céu
Destacando as pegadas pelo caminho que por horas frequentava .
A noite me encarava e me trazia um medo novo
Passava por minha frente uma cavalaria de esqueletos mortos
Atrás de uma senhora da casa logo a minha frente, a ultima da estrada
Esses ladroes de almas me trazia um vago lampejo de pessoas em que já tinha visto jogadas
Pelas vielas da vida, apagadas, possuidoras de um perfume aveludado, encantador .
Esse pequeno lugar distante, mas aconchegante destacava o meu imaginário
E ao mesmo tempo escondia o por que das minhas caminhadas .
A velha condenada a ser levada por esses corpos sedutores, manipulara  meu único reflexo
Ela  fora levada como  a minha alma que agora sangra,
Partira como a alegria que se fundia com o meu sorriso na infância
E que hoje se encontra fosco como as duvidas não esclarecidas
Os passos continuam descompassados
O céu continua escuro escondendo as certezas conquistadas
As imagens estão todas estagnadas como as estradas que eu frequentara
As gotas de agua permanecem degeneradas
A minha paciência por mais uma caminhada atrás do meu destino continua intacta
Só aumenta  como a velocidade dos dias
E as tarefas dos meus ideais não cumpridas .
Na verdade  estou dentro de um passado não distante
Que me persegue fazendo com que esse cenário faça parte do meu presente .
O que me leva a esta mesma cena intrínseca?
Porque essa mesma rua, essas mesmas pegadas ?
Sera que estou presa em um reflexo diferente do meu ?
Estou eu me refletindo em uma vazante de expectativas
Continuando sem saber quem sou eu ?
Penso, que tenho mais coisas a descobrir por outras caminhadas
E nem estou no começo .
Myrla Sales
31/01/2012
21:30

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